Entre a Gente...

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Construção e Legalização da casa dos nossos sonhos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ROTEIRO PARA VISUALIZAR UMA OBRA (script to display a work)

Tijolos, cimento e argamassa ninguém esquece. Já fios, conduites, caixas de luz e outros apetrechos para a instalação elétrica acabam sobrando para a última hora. Sem um projeto que oriente tanto a compra dos materiais como os trajetos da fiação, o trabalho acaba sendo refeito várias vezes. Para que essa etapa da obra não cause um curto-circuito no seu orçamento, desate os nós da iluminação.

Quem quer construir com economia, deve fazer a coisa certa. Por mais óbvio que pareça, o conselho dos especialistas é evitar repetir o mesmo serviço, uma das causas mais comuns de estouro no orçamento. No caso das instalações elétricas, a quebradeira é quase rotina - o pedreiro faz a concretagem das lajes e, surpresa!, esquece de passar os conduites. Então, é preciso quebrar tudo e recomeçar. Isso significa um choque no cronograma e no bolso do cliente. Quando a equipe se aventura a seguir o trajeto dos conduítes sem a supervisão de um eletricista, pode errar o caminho e na hora de instalar a geladeira... nova surpresa: cadê a tomada? Foi parar lá longe, em local impossível de acomodar nem sequer um fogareiro. No anseio de gastar pouco, abre-se mão de um projeto específico e, pior ainda, contrata-se mão-de-obra desqualificada, incapaz até de ler as indicações do especialista. Com a locação dos pontos de tomadas, interruptores, aparelhos elétricos e iluminação, fica mais fácil definir a quantidade de materiais necessários para instalação, gerando grande economia em fiações, disjuntores, eletrodutos, quadros, barramentos e alimentadores gerais.
Economia inteligente se resume a evitar desperdícios: "Com um bom projeto e um eletricista qualificado, gasta-se menos, mantendo materiais de qualidade que representam beleza, conforto e principalmente segurança nas instalações elétricas". O engenheiro Isac Renhold, da Philips, explica que o projeto também leva ao correto dimensionamento da iluminação para cada espaço, o que representa menos gastos na instalação, evita mudanças posteriores e gera economia de energia para o usuário.
"No passado, usava-se um único ponto de luz central em todos os ambientes. Hoje, cada cômodo tem várias funções e, por isso, necessita de tipos específicos de iluminação", afirma.
Outra questão fundamental quando se fala em economia é a interação entre os profissionais envolvidos numa construção ou reforma (arquiteto, engenheiro civil, engenheiro elétrico e hidráulico e empreiteiro, entre outros). O trabalho bem sintonizado de todas as áreas evita remendos.
Todas essas providências só têm efeito se os trabalhos forem acompanhados por um eletricista presente nos momentos exatos. Um deles é o período que antecede à concretagem dos primeiros pilares e lajes, quando ele deve orientar a passagem dos conduítes.

Primeiro passo: faça uma lista dos equipamentos elétricos que serão usados em cada ambiente
Segundo passo: invista num projeto, sua garantia contra desperdício de tempo, material e mão-de-obra
Terceiro passo: monte um cronograma para criar sintonia entre arquiteto, engenheiro e eletricista
Quarto passo: mantenha o eletricista por perto supervisionando várias fases da instalação

TODOS OS INGREDIENTES QUE UM PROJETO ESPERTO DEVE INCLUIR:

Um bom aterramento (fio terra) em toda a casa evita perda de energia elétrica e garante segurança tanto para os equipamentos quanto para os moradores.
Nas lajes, opte por eletrodutos rígidos, que são mais resistentes. O peso do concreto pode romper conduítes flexíveis. Durante a concretagem das lajes, tenha cuidado para não obstruir esses eletrodutos, o que dificulta a passagem da fiação.
Concentração excessiva de eletrodutos na laje pode causar quebras, no cruzamento de um sobre o outro, e tornar a concretagem uma tarefa extremamente complicada. A superconcentração de eletrodutos normalmente é a causa do aumento desnecessário da espessura do piso, o que, além de antieconômico, reduz o pé-direito e sobrecarrega as lajes.
Seja criterioso na seleção dos materiais, dos fornecedores e da mão-de-obra. Produtos que não seguem as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em geral, são mais baratos, mas têm vida curta e chegam a causar perda de energia ou curto-circuitos.
Uma peça fundamental, que evita perda de energia elétrica, é o DR (dispositivo de corrente diferencial ou residual), instalado no quadro de luz. Trata-se de um equipamento que detecta e desliga o disjuntor específico do aparelho a ele ligado durante qualquer fuga de corrente para fora dos condutores. Por exemplo: se a corrente estiver vazando da geladeira, o quadro a desliga automaticamente, antes que alguém toque a carcaça e seja atingido pelo choque. O mesmo acontece se uma criança introduz um objeto estranho numa tomada.
Estabeleça as cores da fiação de acordo com as normas da ABNT:
o neutro é azul; o terra, verde; as fases 1, 2 e 3 (entrada de luz) são, respectivamente, vermelha, branca e preta. Essas cores facilitam a identificação dos condutores na hora de fazer a manutenção.

ERROU, GASTOU!

No circuito das tomadas de quartos (consumo menos intenso). devem-se usar fios com bitola de 2,5 mm2. Mas é comum o eletricista comprar fiação com bitola de 4 mm2, totalmente desnecessária, segundo Francisco Stevanato.
A colocação de disjuntores (peças de segurança instaladas no quadro de luz) mais potentes para cargas menores é perigosa. Por exemplo: usar um disjuntor de 25 ampêres (unidade que mede a intensidade da corrente elétrica) para proteger um circuito de
15 ampêres. "Acaba sendo necessário fazer a troca por peças compatíveis, senão o disjuntor pode não desligar a energia quando houver superaquecimento dos fios", explica o engenheiro.
Caixas de entrada de luz subdimensionadas para a função podem superaquecer, causando até incêndio.
A maioria das pessoas acaba comprando o modelo menor (caixa 111), com capacidade para um consumo energético de, no máximo, 23 kwa (quilowatt/amper). Se o gasto da casa superar esse limite, a caixa não vai dar conta.

LÂMPADAS ECONÔMICAS:

Fluorescente compacta pode substituir a lâmpada incandescente em abajures. Economiza 80% da energia.
Você pode optar por vários tons de iluminação branco-forte ou mais amarelado. Um modelo fluorescente compacto de 15 w confere
a mesma luminosidade de uma lâmpada tradicional de 60 w.
E dura, em média, 10 000 horas.
Halógena dicróica especial para iluminar objetos, como quadros. Em relação às incandescentes, é 30% mais econômica e dura de 2.000 a 3 000 horas.
Multivapor Metálico reduz os gastos com iluminação em 50%, e dura até 10.000 horas.
Fonte: Revista Arquitetura e Construção - Outubro/97
Para ler esta reportagem na íntegra procure a fonte citada em bancas ou bibliotecas de sua cidade.

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