Entre a Gente...

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Construção e Legalização da casa dos nossos sonhos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ROTEIRO PARA VISUALIZAR UMA OBRA (script to display a work)

Tijolos, cimento e argamassa ninguém esquece. Já fios, conduites, caixas de luz e outros apetrechos para a instalação elétrica acabam sobrando para a última hora. Sem um projeto que oriente tanto a compra dos materiais como os trajetos da fiação, o trabalho acaba sendo refeito várias vezes. Para que essa etapa da obra não cause um curto-circuito no seu orçamento, desate os nós da iluminação.

Quem quer construir com economia, deve fazer a coisa certa. Por mais óbvio que pareça, o conselho dos especialistas é evitar repetir o mesmo serviço, uma das causas mais comuns de estouro no orçamento. No caso das instalações elétricas, a quebradeira é quase rotina - o pedreiro faz a concretagem das lajes e, surpresa!, esquece de passar os conduites. Então, é preciso quebrar tudo e recomeçar. Isso significa um choque no cronograma e no bolso do cliente. Quando a equipe se aventura a seguir o trajeto dos conduítes sem a supervisão de um eletricista, pode errar o caminho e na hora de instalar a geladeira... nova surpresa: cadê a tomada? Foi parar lá longe, em local impossível de acomodar nem sequer um fogareiro. No anseio de gastar pouco, abre-se mão de um projeto específico e, pior ainda, contrata-se mão-de-obra desqualificada, incapaz até de ler as indicações do especialista. Com a locação dos pontos de tomadas, interruptores, aparelhos elétricos e iluminação, fica mais fácil definir a quantidade de materiais necessários para instalação, gerando grande economia em fiações, disjuntores, eletrodutos, quadros, barramentos e alimentadores gerais.
Economia inteligente se resume a evitar desperdícios: "Com um bom projeto e um eletricista qualificado, gasta-se menos, mantendo materiais de qualidade que representam beleza, conforto e principalmente segurança nas instalações elétricas". O engenheiro Isac Renhold, da Philips, explica que o projeto também leva ao correto dimensionamento da iluminação para cada espaço, o que representa menos gastos na instalação, evita mudanças posteriores e gera economia de energia para o usuário.
"No passado, usava-se um único ponto de luz central em todos os ambientes. Hoje, cada cômodo tem várias funções e, por isso, necessita de tipos específicos de iluminação", afirma.
Outra questão fundamental quando se fala em economia é a interação entre os profissionais envolvidos numa construção ou reforma (arquiteto, engenheiro civil, engenheiro elétrico e hidráulico e empreiteiro, entre outros). O trabalho bem sintonizado de todas as áreas evita remendos.
Todas essas providências só têm efeito se os trabalhos forem acompanhados por um eletricista presente nos momentos exatos. Um deles é o período que antecede à concretagem dos primeiros pilares e lajes, quando ele deve orientar a passagem dos conduítes.

Primeiro passo: faça uma lista dos equipamentos elétricos que serão usados em cada ambiente
Segundo passo: invista num projeto, sua garantia contra desperdício de tempo, material e mão-de-obra
Terceiro passo: monte um cronograma para criar sintonia entre arquiteto, engenheiro e eletricista
Quarto passo: mantenha o eletricista por perto supervisionando várias fases da instalação

TODOS OS INGREDIENTES QUE UM PROJETO ESPERTO DEVE INCLUIR:

Um bom aterramento (fio terra) em toda a casa evita perda de energia elétrica e garante segurança tanto para os equipamentos quanto para os moradores.
Nas lajes, opte por eletrodutos rígidos, que são mais resistentes. O peso do concreto pode romper conduítes flexíveis. Durante a concretagem das lajes, tenha cuidado para não obstruir esses eletrodutos, o que dificulta a passagem da fiação.
Concentração excessiva de eletrodutos na laje pode causar quebras, no cruzamento de um sobre o outro, e tornar a concretagem uma tarefa extremamente complicada. A superconcentração de eletrodutos normalmente é a causa do aumento desnecessário da espessura do piso, o que, além de antieconômico, reduz o pé-direito e sobrecarrega as lajes.
Seja criterioso na seleção dos materiais, dos fornecedores e da mão-de-obra. Produtos que não seguem as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em geral, são mais baratos, mas têm vida curta e chegam a causar perda de energia ou curto-circuitos.
Uma peça fundamental, que evita perda de energia elétrica, é o DR (dispositivo de corrente diferencial ou residual), instalado no quadro de luz. Trata-se de um equipamento que detecta e desliga o disjuntor específico do aparelho a ele ligado durante qualquer fuga de corrente para fora dos condutores. Por exemplo: se a corrente estiver vazando da geladeira, o quadro a desliga automaticamente, antes que alguém toque a carcaça e seja atingido pelo choque. O mesmo acontece se uma criança introduz um objeto estranho numa tomada.
Estabeleça as cores da fiação de acordo com as normas da ABNT:
o neutro é azul; o terra, verde; as fases 1, 2 e 3 (entrada de luz) são, respectivamente, vermelha, branca e preta. Essas cores facilitam a identificação dos condutores na hora de fazer a manutenção.

ERROU, GASTOU!

No circuito das tomadas de quartos (consumo menos intenso). devem-se usar fios com bitola de 2,5 mm2. Mas é comum o eletricista comprar fiação com bitola de 4 mm2, totalmente desnecessária, segundo Francisco Stevanato.
A colocação de disjuntores (peças de segurança instaladas no quadro de luz) mais potentes para cargas menores é perigosa. Por exemplo: usar um disjuntor de 25 ampêres (unidade que mede a intensidade da corrente elétrica) para proteger um circuito de
15 ampêres. "Acaba sendo necessário fazer a troca por peças compatíveis, senão o disjuntor pode não desligar a energia quando houver superaquecimento dos fios", explica o engenheiro.
Caixas de entrada de luz subdimensionadas para a função podem superaquecer, causando até incêndio.
A maioria das pessoas acaba comprando o modelo menor (caixa 111), com capacidade para um consumo energético de, no máximo, 23 kwa (quilowatt/amper). Se o gasto da casa superar esse limite, a caixa não vai dar conta.

LÂMPADAS ECONÔMICAS:

Fluorescente compacta pode substituir a lâmpada incandescente em abajures. Economiza 80% da energia.
Você pode optar por vários tons de iluminação branco-forte ou mais amarelado. Um modelo fluorescente compacto de 15 w confere
a mesma luminosidade de uma lâmpada tradicional de 60 w.
E dura, em média, 10 000 horas.
Halógena dicróica especial para iluminar objetos, como quadros. Em relação às incandescentes, é 30% mais econômica e dura de 2.000 a 3 000 horas.
Multivapor Metálico reduz os gastos com iluminação em 50%, e dura até 10.000 horas.
Fonte: Revista Arquitetura e Construção - Outubro/97
Para ler esta reportagem na íntegra procure a fonte citada em bancas ou bibliotecas de sua cidade.

domingo, 24 de julho de 2011

CANTEIRO DE OBRAS

Antes de iniciar uma obra, ou seja, um trabalho de construção civil, torna-se necessário a organização do canteiro de obra é fundamental para evitar desperdícios de tempo, perdas de materiais e mesmo defeitos de execução e falta de qualidade final dos serviços realizados. Apesar de existência da NR (Norma Regulamentadora) 18, elaborada em conjunto por construtoras, trabalhadores e governo, estabelecer diretrizes e exigências diversas, essas regras ainda são pouco adotadas. As principais etapas são:

PLANEJAMENTO DO CANTEIRO
Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de implantação da casa. Com a ajuda do arquiteto e construtor, define-se onde devem ficar o barracão de alojamento e o depósito de materiais e ferramentas. Observar a melhor posição também para a chegada de caminhões, lembrando que o descarregamento de materiais pode ser feito por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para os materiais a granel, como areia e pedra, é preciso determinar um local (baia) que não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja de fácil acesso e evite desperdícios.

ÁGUA À DISPOSIÇÃO
O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve estar disponível em abundância. Se a obra não contar com rede pública de abastecimento, que exigirá a instalação de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar um poço, prevendo-se uma bomba ou somente um sarrilho para retirar a água. Lembrar ainda que o uso sanitário da água gera esgotos. Se não houver coleta de rede pública, será necessária uma fossa.

PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO
Quanto mais planejado, melhor será o desempenho dos serviços. Por isso, é importante definir com os construtores as estratégias para realizar os trabalhos no canteiro: se serão usadas ferramentas próprias ou se elas estão incluídas nos custos de execução; se haverá necessidade de alugar escoramentos ou comprar madeira para andaimes; se os trabalhadores precisarão de equipamentos de proteção individual obrigatórios por lei, além de várias outras providências.

ESPAÇOS ADEQUADOS E SEGUROS
Uma obra pode demorar mais de seis meses até ser capaz de abrigar dentro dela os alojamentos dos trabalhadores. Durante o período de construção, as únicas instalações fechadas serão a do barracão, geralmente construído de madeira. Ele deverá ter três divisões internas, sendo uma para alojamento de trabalhadores (alguns condomínios fechados não permitem que funcionários da obra durmam no local), outra para as instalações sanitárias e mais uma para guardar materiais e ferramentas. Não esquecer de deixar um espaço para guardar ferramentas de terceiros, pois, no caso de sumirem, o encargo da reposição é do proprietário da obra.

TRANSPORTE INTERNO
É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos quando excutados simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no ambiente de trabalho, nada seguros. Não custa exigir cuidado nesse tipo de instalação, desde a entrada de energia no terreno até a sua distribuição e iluminação das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos que exigem instalações elétricas mais sofisticadas.

TAPUMES
Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por tapumes, uma providência necessária, sobretudo se houver crianças perto da construção, e que sempre representa uma medida de prevenção contra roubos e depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese na discussão preliminar com seu construtor, incluindo os custos na planilha para não ser surpreendido com gastos extras.

Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/95.

O QUE É:
a) TAPUME - Destinado ao fechamento do canteiro de obras, de modo a impedir ou dificultar a entrada de pessoas estranhas e bem assim a saída indevida de materiais e equipamentos necessários à obra. É geralmente uma parede ou cerca de madeira de qualidade inferior ou compensada.

b) ALMOXARIFAO - Local destinado à guarda de material e seu controle e distribuição para a obra. É geralmente uma construção provisória tipo barracão, onde são abrigados os materiais que não devam ficar expostos ao tempo, tais como o cimento, gesso, condutores elétricos, ferragens, tintas, portas, janelas, grades etc. É claro que, no caso de pequenas obras, mo almoxarifado nada mais é que um barracão ou mesmo uma dependência qualquer, se já existe um prédio no local.

c) ESCRITÓRIO - Obras de maior porte podem exigir um verdadeiro escritório de obras destinado aos trabalhos administrativos e controle técnico. Plantas, diário da obra, controle de ponto do pessoal, telefone etc., exigem local apropriado, geralmente o escritório de obras. Ás vezes, o vulto e complexidade da obra são de tal ordem que exigem uma grande construção semipermanente para escritório, almoxarifado, sanitários, gerador de energia elétrica etc.

d) SANITÁRIO - Destinado às necessidades fisiológicas e banho do pessoal que trabalha no canteiro, pode constar de uma construção provisória própria ou fazer parte do almoxarifado, do escritório.

e) CASA DE VIGIA - É um local destinado ao empregado responsável pela vigilância da obra. Pode constituir-se apenas de uma simples guarita.

f) DEPÓSITO DE AREIA - Destinado à arma zenagem de areia para a construção, é apenas um local ao tempo destinado à concentração dos agregados miúdos, destinados ao concreto ou às argamassas para alvenarias ou revestimentos. Sua localização deve ser próxima das centrais de preparo de concreto ou argamassas.

g) DEPÓSITO DE BRITA - Próximo das centrais de preparo de concreto deve ficar o depósito de agregado graúdo destinado ao concreto. É também apenas um local ao tempo onde é reunida a pedra britada.

h) DEPÓSITO DE CAL - Local destinado à extinção da cal virgem e armazenagem para posterior emprego.

i) DEPÓSITO DE FERRO DE CONSTRUÇÃO - Consiste geralmente de um local onde são armazenados, ao tempo, mos ferros destinados à armação do concreto. Deve situar-se próximo do local ou central de dobragem de ferros e melhor será que se constitura de um abrigo, um telheiro que proteja o ferro da chuva.

j) Central de Preparo de Concreto - É o local onde se prepara o concreto. Pode constituir-se de uma instalação complexa em obras de grande vulto ou simplesmente uma betoneira destinada à mistura dos ingredientes do concreto ou mesmo uma simples prancha de madeira onde o concreto é preparado manualmente.

l) Depósito de Madeira - Pode constituir-se de um barracão ou telheiro especialmente destinado ao abrigo e guarda do madeiramento ou apenas um local no próprio almoxarifado.

m) GARAGEM - Em obras de vulto pode ser necessário um local para abrigo de caminhões, tratores, carros, ou outros veículos.

n) OFICINAS - Também em obras de vulto pode ser necessária a existência de uma oficina para manutenção de veiculos e equipamentos pesados de obra.

www.canteirodeobras.com.br/- em cache
www.youtube.com/watch?v - 75d9 e JrmFjl
mais video para canteiro de obras

sábado, 23 de julho de 2011

PLANEJAMENTO 1

Podemos dizer, resumidamente e no que tange às pequenas construções, que o planejamento da construção da casa ou prédios consiste de:

a) Elaboração de um programa de construção.
(www.revistasustentabridade.com.br/construcão.../program...)

b) Escolha do terreno para a casa ou prédio.
(dookiers.wordpress.com/.../conheca-tipos-de-fundações...-em cache)

c) Elaboração do projeto.
(www.casaconstrucaoarquitetura.com.br/projeto-arquitetoni...em cache)

A reunião ordenada do que se pretende construir, com detalhes suficientes, sem obrigatoriamente incluir dados técnicos, mas permitindo bem caracterizar aquilo que se deseja, é o que constitui o programa de construção.

Quanto ao terreno onde deverá ser construído o prédio, pode ser imposto por já existir ou ser escolhido.

Com base no programa de construção e considerando o terreno, será elaborado um projeto mais ou menos completo conforme o vulto, importância e complexidade da casa ou prédio a construir.

terça-feira, 5 de julho de 2011

COMPRA DE TERRENO

É você conseguiu reunir aquele dinheiro suado durante anos para a compra do terreno tão logo surgisse uma boa oportunidade. A oportunidade chegou e você sem pestanejar assinou o cheque, comprou o terreno e construiu a casa dos seus sonhos.

Se isto já aconteceu com você, considere-se um felizardo, pois o normal é que os seus sonhos virem pesadelos por pura falta de informação. Na maioria das vezes a ansiedade fala mais alto que a prudência, e compra-se primeiro o terreno sem se preocupar em verificar junto à prefeitura local, qual o tipo de construção permitido, ou mesmo, se é permitido construir no terreno adquirido. Isto é um procedimento muito comum e que traz sérias dores de cabeça para os menos avisados ou, para os mais ansiosos.

Para que você não tenha estas temíveis dores de cabeça, preparei uma matéria no estilo perguntas e respostas, partindo do princípio de que você vai comprar o seu primeiro terreno para construir. Não vou entrar no mérito de qual é o melhor terreno para se comprar. Apenas vou relatar procedimentos que devem ser observados nesta etapa. Então, leia com atenção as informações abaixo e fique esperto para que seus sonhos não se tornem pesadelos, e lembre-se: Jamais desconsidere a assistência técnica de um profissional de Arquitetura ou Engenharia na avaliação do terreno que se pretende adquirir.

1. O que deve ser observado durante a visita ao terreno?

Os terrenos de esquina são mais indicados para atividade comercial. Analise com calma se a intenção for para uso residencial, pois há uma perda considerável de área em função dos afastamentos que devem ser deixados em relação às ruas;

Se o terreno estiver coberto de mato, é conveniente efetuar um roçado para uma melhor avaliação das características do solo. Você não vai querer comprar uma pedreira, vai;

Cuidado para a presença de rios ou córregos próximos ou que atravessem o terreno. O afastamento obrigatório por lei federal pode inviabilizar a construção do objeto pretendido;

Verifique se no terreno não passa nenhuma galeria de águas pluviais. Não é permitido construir sobre tais dispositivos. O rompimento de uma galeria pode ocasionar sérios danos à estrutura do imóvel, inutilizando-o totalmente. Além disto, o valor de venda do imóvel é afetado para menos;

Observe se o terreno não configura um talvegue (caminho natural de águas pluviais), ou se é uma bacia (ponto para onde convergem as águas pluviais). Em se tratando de talvegue, fuja dele. No caso de bacia, verifique se há obras de drenagem e se as mesmas são eficientes;

Fique atento para não comprar uma reserva florestal, a menos que o interesse seja o de preservação. Isto é comum acontecer, e a descoberta aparece após o corte da primeira árvore, quando a fiscalização chega para multar;

Avalie os serviços de infra-estrutura presentes no local, tais como: redes de águas pluviais e esgoto, pavimentação, eletricidade e telefone. Com relação à vizinhança, observe o padrão construtivo e se a vista que você tem do terreno pretendido é valorizaste ou desvalorizaste. A presença, por exemplo, de uma favela nas proximidades do terreno implicará na desvalorização do futuro imóvel ali edificado, independente do valor que você tenha gastado na construção do mesmo;

Se o terreno for à beira de rua, com um rio adjacente ou oposto ao mesmo, informe-se sobre a ocorrência de enchentes. No verão, com as fortes chuvas, muitos rios não dão vazão e ás águas invade a via pública, atingindo as construções nas proximidades. Isto também é um fator desvalorizaste que deve ser considerado durante a vistoria ao terreno;

Se o terreno em estudo for à aclive, verifique se há construções acima do mesmo, avaliando o padrão construtivo, presença de lixo e drenagem local. Cortes inadequados, sem as devidas obras de contenção e drenagem podem ocasionar a perda de estabilidade do terreno, gerando quedas de barreiras.

2. Como devo proceder antes de comprar o terreno?

Se você encontrou um terreno dentro das suas possibilidades financeiras, não assine o cheque de imediato. Verifique primeiro se o que você pretende construir pode ser executado neste terreno.

3. Como saber o que é permitido construir no terreno?

Primeiramente você deve assimilar que cada cidade tem sua própria lei de uso do solo e isto quer dizer que para ter o projeto de arquitetura aprovado junto à secretaria de obras da prefeitura local, você deve construir dentro do que estabelece a lei de uso do solo e mais o código de obras. Assim, seu projeto será aprovado com rapidez sem maiores dores de cabeça.
Então, antes de comprar o seu pedaço de solo, o terreno, proceda da seguinte maneira: Após encontrar um terreno que lhe agrade, verifique junto à prefeitura de sua cidade, geralmente na secretaria de obras, os seguintes itens:

O que é permitido construir no terreno (uso residencial, comercial e industrial);

Se for uma área de reserva ambiental;
Se for uma área embargada pela defesa civil;
Se é uma área em processo de desapropriação;
Se for terreno em loteamento, se o mesmo está aprovado na prefeitura, sem pendências de obras de infra-estrutura ou de outra ordem.

O funcionário público lhe informará como você deve proceder para obter estas informações. Para determinadas respostas você terá que preencher um "formulário" e aguardar pelo processamento do mesmo.

4. Quais as informações que estes "formulários" fornecem?

Estes "formulários" trazem, entre outras, as seguintes informações:

Taxa de ocupação - indica a máxima área de construção em projeção horizontal que pode ser ocupada em relação à área do terreno, ou seja, não é permitido ocupar todo o terreno com uma construção. Por exemplo:

Suponha que o terreno tenha uma área de 1000m² e a taxa de ocupação para este terreno seja de 50%. Isto significa que a área construída poderá ocupar no máximo 500m² de projeção horizontal.
Afastamento frontal - indica o recuo que a construção deve apresentar não sendo permitido colar a fachada da casa no rumo do terreno. Você também deve deixar um espaço para a calçada.
Afastamento lateral - indica a distância que a construção deve apresentar em relação às construções vizinhas.
Gabarito - indica a altura máxima que a construção pode atingir.
Estas são apenas algumas das informações que estes "formulários" podem conter. Estes dados vão variar de cidade para cidade, de acordo com a lei de uso do solo e o código de obras.

5. Com o "formulário" em mãos o que eu devo fazer?

De posse destas informações, leia com bastante atenção e esclareça as dúvidas que por ventura existirem. Se necessário, consulte um Arquiteto ou Engenheiro Civil, mas esclareça todas as dúvidas antes de comprar o terreno, porque depois, não terá mais jeito. Guarde bem este "formulário", pois você precisará destas informações mais tarde.

6. Já esclareci todas as dúvidas e o terreno atende aos meus requisitos. Posso assinar o cheque?

Calma, não seja tão ansioso! Que tal verificar se o terreno está com o imposto territorial em dia? Se estiver, ótimo, caso contrário renegocie o valor do terreno.
Também verifique na prefeitura se o terreno que você pretende comprar está averbado (registrado) no nome de quem o está vendendo. Se não estiver, você pode precisar de escrituras bem anteriores e provavelmente terá que pagar uma taxa para regularizar a situação, caso você compre o terreno.
Você também deve procurar saber se há um prazo limite para averbar a escritura na prefeitura, imediatamente após a retirada da escritura registrada em cartório. Algumas prefeituras estabelecem um prazo e ultrapassado este, haverá multa. Portanto, fique atento.
Ah! Não se contente com carnês quitados e nem com certidões negativas de débito que lhe forem apresentados. O melhor é você verificar diretamente na prefeitura se não há mesmo nenhum débito. Paranóia? Não! Apenas prudência.

7. O que mais eu devo verificar com relação ao terreno?

Depois de efetuar os procedimentos anteriores é bom você verificar se o terreno apresenta as demarcações bem definidas em campo. Estas demarcações são aquelas pedras colocadas pelo topógrafo quando da medição do terreno e têm o objetivo de evitar que você invada os terrenos vizinhos e vice-versa.

Portanto, exija estas demarcações de quem está vendendo o terreno, ou então renegocie o valor de venda na hipótese de ter que contratar um topógrafo para executar este serviço.
Preste atenção:

Ao comprar um terreno, você recebe uma planta com as medidas do terreno, inclusive ângulos, sendo assinada pelo responsável técnico que efetuou o levantamento topográfico. Logo, as demarcações têm que estar no terreno, pois nenhum profissional sério assinaria uma planta topográfica sem as devidas marcações.

8. Já resolvi todas as pendências e comprei o terreno. O que mais eu devo fazer?

Agora você deve pagar a taxa referente ao registro da escritura de compra e venda que é feita em cartório. Com a escritura registrada em mãos, você deve dirigir-se à prefeitura local e solicitar a averbação do terreno, isto é, registrar o terreno em seu nome. Se tal medida não for adotada, os registros da prefeitura continuarão acusando que o terreno pertence ao antigo proprietário.

Com esta atitude você irá passar a receber o carne do imposto territorial em seu nome, sendo que o prazo para esta mudança será determinado pelo setor competente da prefeitura.

9. Que outros documentos eu preciso para averbar o terreno em meu nome?

A documentação que você terá que levar para o registro do terreno, pode variar de caso para caso, mas geralmente será:

A escritura de compra e venda registrada em cartório;
A escritura anterior (pode ser necessária se o terreno estiver averbado no nome de outra pessoa);
Cópia do imposto territorial.
Aí, é só dar entrada e acompanhar o processo até o final, quando você receberá novamente a escritura, carimbado e assinado pelo funcionário público responsável pelo registro.

Pronto, as etapas de compra e legalização do terreno já estão resolvidas. Agora vamos passar para os procedimentos relativos à execução e legalização do projeto de arquitetura.

10. Pretendo construir. Que procedimentos devem adotar?

Você vai precisar do projeto de arquitetura para aprovação. Lembra daquele "formulário" que eu falei para você guardar? Pois é, o arquiteto irá utilizá-lo para desenvolver o projeto dentro do que estabelece a lei de uso do solo e mais o que especifica o código de obras.

Você precisará de outros projetos executivos que irão variar de acordo com a complexidade da obra. Geralmente os seguintes projetos são básicos:

Projeto de estruturas;
Projeto de instalação hidráulica e sanitária;
Projeto de instalação elétrica.
Cada projeto listado acima é elaborado por um profissional específico do setor.

11. O projeto de arquitetura já está pronto. O que eu faço agora?

Agora é só assinar todos os projetos, juntamente com o autor de projeto e o responsável técnico pela execução da obra, pagar as taxas devidas e aguardar pela liberação do alvará de construção.

Então, é só começar a construir. Boa Sorte!

Jorge Henrique Pezente (compilação do seu blog)
Engenheiro Civil
www.escolher-e-construir.eng.br

DESENVOLVER CONHECIMENTO DE COMO CONSTUIR

Conhecer como construir minha casa ou um prédio, reformá-lo ou ampliá-lo, como executar determinados serviços correlatos tais como pintura, confecção de uma parede ou um passeio, instalação elétrica etc., eis um ramo de conhecimentos que interessa a todas as pessoas que, técnicas ou não, necessita executar, administrar ou contratar serviços de obras civis.
Os técnicos de grau médio formados nas escolas técnicas, somente existentes nos grandes centros, possuem suficiente conhecimento técnico necessário à direção direta dos operários executantes das tarefas de construção ou manutenção casa ou prédio.
Tais técnicos, via de regra, prosseguem em seus estudos e se graduam engenharia, deixando uma lacuna que será preenchida por profissionais não formados, os quais, mercê de suas melhores qualidades pessoais, são escolhidos primeiro para dirigir pequenas turmas e, posteriormente, através de treinamento no próprio serviço, a posição de mestre-de-obras.
Este trabalho pesquisa do blog destina-se particularmente aos profissionais que necessitem de conhecimentos básicos de construção e manutenção da casa e do prédio sem, entretanto possuírem maiores conhecimentos de Matemática, Física e Desenho Técnico.
Apesar de tratar de assunto técnico, blog e pesquisado é escrito em linguagem simples, com muitas figuras, vídeos educativos e livros de modo a, sem prejuízo da correção conceitual técnica, ser compreendido por mestres, profissionais de construção e quaisquer pessoas interessadas em adquirir conhecimentos de obras civis.

Tenho que pesquisa mais um pouco! (have to search some more!)